Não é surpresa que o plástico seja um dos materiais mais maléficos para o meio-ambiente. Quando descartados incorretamente, causam grandes problemas ambientais em diversas esferas, inclusive nos ambientes aquáticos.
Uma curiosidade interessante é que todo plástico que já foi produzido no mundo ainda não foi decomposto, já que levam mais de 400 anos para se decompor. Esses materiais estão espalhados em diversos locais do mundo, inclusive nas ilhas de plástico.
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As ilhas de plástico são concentrações gigantescas de milhares de toneladas de lixo que estão flutuando pelos mares.
Cerca de 8 milhões de toneladas de lixo são jogadas no mar anualmente em todo o mundo, e o problema é tão grave que segundo dados divulgados pelo The New Plastics Economy: Rethinking the future of plastics, até 2050, se continuarmos nesse ritmo, haverá mais plástico do que peixes no oceano.
As ilhas de plástico se formam nos oceanos devido à ação de correntes marítimas, provenientes do movimento de rotação e dos ventos do planeta Terra. Ali, se formam redemoinhos de lixo plástico (majoritariamente microplásticos), que ficam presos nas correntes internas desses redemoinhos.
Essas ilhas estão espalhadas por todo o oceano e bacias marítimas, mas se concentram em maior quantidade nos seguintes pontos: Atlântico Norte; Atlântico Sul; Índico; Pacífico Norte e Pacífico Sul.
Os impactos ambientais de todo esse lixo flutuando pelos mares é gigantesco: a morte de milhões de animais que se alimentam ou se enroscam nesses materiais, a perda da biodiversidade marinha, o desequilíbrio e contaminação na cadeia alimentar, o desequilíbrio nos ecossistemas, o comprometimento da pesca de subsistência que é principal fonte de renda de famílias humildes, contamina a atmosfera e libera gases nocivos que contribuem para o aumento do aquecimento global.
Outro dado importante divulgado pelo GreenPeace é de que o lixo que vemos flutuando pelos mares corresponde a apenas 15% do lixo total presente nos oceanos. Cerca de 85% desse lixo se encontra debaixo da água, presos inclusive em geleiras.
A ilha de plástico do Pacífico Norte é a maior de todas, são aproximadamente 80 mil toneladas de lixo que permeiam esse giro no meio do oceano.
Como o fluxo de lixo jogado no oceano é contínuo, se torna quase impossível solucionar esse problema. Segundo pesquisas feitas pelo Programa de Detritos Marinhos da NOAA, seriam necessários mais de 67 navios trabalhando no período de 1 ano sem parar para limpar apenas 1% do lixo marinho. Além disso, a retirada de microplásticos, que compõem a maior parte do lixo das ilhas de plástico, é muito difícil de ser realizada.
É necessário grandes governos e instituições se mobilizarem para desenvolver novas tecnologias, ações políticas, pesquisas científicas e iniciativas internacionais que trabalhem em conjunto para alcançar o mesmo objetivo: retirar e minimizar os impactos humanos nos oceanos e em outros ecossistemas.
Enquanto isso, as ações individuais também são importantes de serem feitas, além de mantermos a cobrança para que esses grandes problemas sejam solucionados por governantes e grandes instituições.
O que você pode fazer para reduzir o seu impacto?
- Reduzir o consumo de plástico: reaproveitar e evitar embalagens e produtos feitos com plástico é o primeiro passo. Além de reciclar o seu lixo!
- Separar o lixo seco do orgânico: isso contribui para a reciclagem do lixo. Separar os restos de comidas e limpar as embalagens plásticas são passos fundamentais para que ocorra a reciclagem no plástico, caso contrário, ele não é reciclado.
- Apoiar organizações: diversos lugares estão na linha de frente na luta ambiental e zero plástico, se informar, apoiar e compartilhar as iniciativas é muito importante.
- Divulgue o problema: compartilhe, discuta, mude hábitos, exija aos governantes e grandes empresas por ações ambientalistas e mais sustentáveis.
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